Possua-me!

  

  – Quero passear com meus dedos por toda sua pele, tocar cada pedacinho do seu corpo – disse-lhe passando o polegar em seu queixo, olhando para sua boca. Esticou o dedo e fez o contorno beijando-a com os olhos. Ela estava sentada na cama apenas de lingerie preta de frente para ele hipnotizada com seu olhar. Ele tapou sua visão com uma venda e beijou-a inclinando-se para frente fazendo-a apoiar-se com os braços no colchão. Beijava-a suave e calmo, apreciando cada gota do seu gosto. Salpicou beijos pela bochecha a caminho do seu ouvido, onde passou a língua e chupou o lóbulo. Ela delirava, e sua respiração arfava cada vez mais, sentindo um calor invadir seu corpo, apoiou-se nos cotovelos e curvou sua cabeça para trás lhe ofertando seu pescoço.

  – Isso! Beije-me! – Sussurrou.

   Ele imediatamente atendeu seu pedido, lambia e esfregava seu rosto em seu pescoço, deixando-a toda arrepiada ao sentir sua barba por fazer espetando-a. Passou a língua talentosa e atrevida pela sua clavícula e contornou seu sutiã. Seu corpo respondia fazendo seu quadril elevar-se e sua barriga se contorcer, sem dizer que estava amplamente molhada.

  Ele a deitou na cama e ficou por cima dela, soltou seu sutiã, e levou sua boca feroz e sedenta aos seus seios macios. Ela soltou um suspiro junto com um gemido quando sentiu seu hálito morno pousar sobre o mamilo rígido. Começou dando chupadas leves e mexendo-o pra lá e pra cá com a língua. Levou suas mãos e acariciou-o olhando-a enlouquecer de excitação.

  – Chupe-me meu gostoso! – Falou baixo entre a respiração quase falhando. Ele aumentou o ritmo da sucção, abocanhando e apertando com as mãos como um predador faminto comendo uma presa indefesa. Ela se entregava a ele deliciando-se com suas investidas. Ele parou e saiu da cama e mexeu na gaveta, revirou os objetos que tinha lá e viu um pincel de blush de cabo grosso o suficiente pra dar-lhe prazer.

 – Achei o que queria! – Exclamou sorrindo e com os olhos brilhando. Ela mantinha-se deitada tentando adivinhar o que estava por vir. As luzes do quarto estavam baixas e escuras, o cheiro do incenso de sândalo penetrava as narinas de ambos, que estavam muito excitados. Ele analisou o objeto vendo se realmente iria usá-lo para deixá-la satisfeita.

  Usava uma camiseta preta e jeans. Caminhou até a cozinha e trouxe uma garrafa de vinho gelado, abriu e serviu-se. Deu um longo gole e aproximou-se dela. Deu outro gole, mas não engoliu, colou os lábios na boca dela e jogou o líquido dentro de sua boca. Levantou e pegou dois pedaços de cordas que havia comprado pela manhã. Esticou os braços dela e amarrou-os na cabeceira da cama com um e deixou o outro ali perto.

  Beijou-a.

  Passando os dedos pela sua barriga até sua pelve e, por fim, sua parte íntima. Gemeu quando sentiu sua umidade. Com a palma da mão fez movimentos circulares por cima da calcinha. Ela se curvou para o alto. Ele mordeu seu pescoço e espalhou beijos em seus seios, fazendo-a deleitava-se desejando que nunca tivesse fim.

  Enfiou o cabo do pincel nela e fez movimentos de vai e vem, vagarosamente, enquanto esfregava seus lábios em sua pele na direção de baixo. O ritmo foi aumentando à medida que tempo passava. Seu corpo começou a ficar tenso e seus nervos fora de sincronização.

  Ele parou, pegou um pedaço de pano e amarrou sua boca. Levantou suas pernas juntas e passou a outra corda em volta dos joelhos e prendeu-as na cabeceira, deixando-as suspensa no alto.

  Apoiado nos joelhos de frente pra ela alisou suas coxas de baixo pra cima. Ela sentia suas mãos ásperas e firmes fazendo sua trajetória rítmica, enquanto soltava suspiros de alívios e tesão. Ele se aproximou dos seus pés suspensos e respirou na sola passando a ponta do nariz vagarosamente. Tocou com a ponta da língua os dedinhos e os massagearam juntos com as lambidas e beijos bem distribuídos.

  A luz do quarto, ora escondia seu rosto, ora deixava-o visível. Seu olhar corriqueiro atravessava sua alma, rasgava a carne do seu corpo suado e, tocava seu coração acelerado e totalmente entregue a esse desejo.

   Ele parou.

  Colocou seu pênis ereto pra fora e esfregou-o por cima da sua calcinha evidentemente úmida. Com um dedo, pôs para o lado e penetrou-a lento, apreciando cada pedacinho, cada centímetro. Suas pernas erguidas e juntas deixavam-na bastante apertada proporcionando-lhe um imenso prazer. Apoiou suas mãos sobre a cama e movimentou-se. A princípio, sem pressa. Ela tentava gemer, mas o pano só permitia sair alguns ruídos abafados. 

  Sua pele arrepiada acompanhava a rigidez dos seus músculos, conforme a penetração ficava mais rápida e profunda, sua respiração dava pequenas pausas e sua cabeça girava de um lado para o outro lentamente.

 – Aaaah! Como você é uma delícia querida – afirmou entre os dentes e com os olhos direcionados para ela.

   Ela notava seu orgasmo chegando, e sentia seu membro latejante dentro de si, suas mãos agarravam os lençóis com força.

   – Uuuurgh! – Rugia.

  Em mais alguns movimentos, ele ejaculou e, logo em seguida, ela também atingiu o clímax. Respirando fundo ele disse:

   – Você está tão linda assim que eu acho que nunca mais vou te soltar.

   Sorriu.

   Desamarrou apenas o pano que estava na sua boca.

   – Ter teu corpo a minha disposição me deixa fora do normal.

  Suspirou.

   – Só vou soltá-la depois que me satisfazer completamente.

  Passou a mão nas costas das coxas ainda suspensas, escorregou a ponta dos dedos até seus lábios um pouco úmidos e acariciou com delicadeza. Subia e descia. Seu toque era torturador.

   – Fazer carícias em você é uma das melhores aventuras.

  Ela apenas observava-o dócil e impotente.  Ele a penetrou com um dos dedos e tirou-o. Voltou a penetrá-la e tirou-o. Passou nos seus lábios semiabertos e a fez chupá-lo.

  – Está vendo como é gostosa?!

  Colocou de novo na sua parte íntima e voltou a fazer movimentos de vai e vem.

  Ela começou a gemer.

 – Isso! Quero ouvir o som dos teus gemidos.

  Continua.